Estive a ler as nossas conversas, aquelas que começavam com Meu Amor e terminavam com Amo-te, aquelas que já não temos há meses… eu sinto a tua falta, sinto a falta daqueles momentos em que éramos só tu e eu, em que mais nada nem ninguém importava, em que os minutos tinham pausa e, olhando para trás, nos insistíamos em carregar no play.
Eu sei que não devia pensar nisto depois de tudo o que aconteceu mas é mais forte que eu, em qualquer direção que olhe, vejo-te a ti, vejo-nos a nós… Vejo fotografias em que existe cumplicidade, sorrisos nos olhares e nelas vejo todos os momentos que passámos juntos, relembro a felicidade que sentia quando estava contigo, relembro a forma como me completavas e amavas.
Adorava poder gritar aos sete ventos que ainda te tenho, que tudo isto não passou de um pesadelo e que quando acordar tu vais lá estar, deitado ao meu lado a ver-me dormir, adorava poder dizer que ninguém conseguiu estragar o que tínhamos de mais especial, muito menos tu… Gostava de não dizer que é longe de ti que estou a conseguir levantar-me, aos poucos, que me estou a sentir eu, mais uma vez… Neste momento não vale a pena continuares a tentar ter-me do teu lado, custa-me dize-lo mas não vais conseguir, sinto raiva por tu teres conseguido afastar-me e não teres dado conta disso, olho para trás e só penso “O que éramos e o que somos”, cliché não é?
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